Luzes
Enfim perfuram o
dossel
E invadirão a
escura selva
Que turvava a visão
Das três raças
tristes
(E quantas eram as
três?)
E se revelaria a cor
do céu
Onde
Reinara até então
o horror, o horror
De um corpo nu
Desnutrido e mau
Luzes
Luzes elétricas
Expurgavam os
fantasmas informes
E ofuscarão os seus
nomes inscritos na noite eterna
De
taxonomias obscuras
(E quantas serão as
três?)
Vozes
Instilavam sabedoria
Fumegam abrindo
estradas
No nada
No nada
Sufocarão canções
Cruzes
Obeliscos
Falos
Falos
Emergirão com a carne morta
dos jequitibás
E o véu de ilusão
das matas se rasgava
E a única verdade
seja vista
E compreendida
Luzes
Luzes
Irradiam de espelhos
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