quinta-feira, 8 de junho de 2017

OUTRA BUCÓLICA

Tempos virão, melhores,
Em que nos deitaremos no prado
E entoaremos idílios à maneira de Títiro
Na suave avena
As fezes que hoje impregnam as ruas
Não serão mais do que a turva lembrança
De uma longínqua Idade Média
Em nossas narinas
Descobriremos, enfim,
Que a modernidade repousa à sombra de uma vasta faia
Único lugar imune à Antropologia.

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