um áspero deserto me encerra o peito
e nele sou pena e palpitar.
sob a veste da noite por mim arde, brasa
e luz, formosa a túnica do amanhecer.
dou-me às trevas: cálido vento
entre pestanas de nuvens passando.
a noite, grandes e negras pupilas,
cerra-me os olhos docemente
e sorri-me a aurora com soberbos dentes.
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