Entre os pesadelos intermináveis da noite, tive um sonho belo: sonhei que lambia a sua vagina e afagava seus pelos, que estavam grandes, negros, volumosos; num gesto de carinho suave e úmido, talvez desinteressado, como um beijo na jugular.
Quando acordei, refleti que gostaria de fazê-lo por horas. O orgasmo não, nem a intenção do orgasmo. Eu queria transformar o sexo em contemplação ativa e circular, um fim em si próprio. Como quem diz: a obra é o processo.
Eu sei: não se pode ser artista o tempo todo.
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