Encontrei essa tradução na antologia 31 Poetas 214 Poemas organizada por Décio Pignatari, contendo traduções de diversos poemas desde o Rig-Veda (Sec. XVI a.C) a Apollinaire. Segue o comentário de Décio sobre Marcial e alguns dos poemas selecionados.
MARCIAL, Marco Valério (40 – 104)
Nasceu no ano 40 d.C., em Bílbilis, na hoje província de Saragoça, Espanha. Foi para Roma em 64, retornando depois de trinta anos à terra natal, onde morreu, no ano 104, presumivelmente. Viveu a vida típica de um cliente, um homem supostamente livre, que vive de badalações e de prestar serviços aos poderosos, a começar do bestial Domiciano. Foi cronista social obsceno e pornográfico de seu tempo, por isso mesmo criticado, quando não desdenhado e desprezado. Seus epigramas, no entanto — mais de um milhar —, distribuídos em doze livros, vêm atravessando os séculos, influenciando muitos escritores e poetas, entre os quais, Rabelais, Quevedo, Gregório de Matos, Bocage. Com Juvenal, também espanhol e que foi seu amigo, forma a dupla maior da poesia satírica latina, descontando-se logicamente, Horácio, que operou em outro registro. Deixou a marca de seu talento também em muitas passagens não fesceninas, como a do “plátano de César” a do “rol das coisas boas da vida”. Censuradíssimo, só encontrou as primeiras traduções sem travas nos anos 60 e 70, especialmente graças ao trabalho pioneiro de Guido Ceronetti (edições Einaudi), do qual muito nos valemos, descontando suas excessivas liberdades formais.
EPIGRAMAS
I,90
Como a seu lado, Bassa, não se visse esposo,
Nem lhe emprestassem um amante, e se cercasse
De bandos de solícitas mulheres (homens nenhuns),
Cheguei a achá-la santa — mas que fodedora
Você é! Chana com chana, atreve-se o clitóris
A caralho, engenho prodigioso dos enigmas
Daquele delta de um esfíngico mistério:
Homem não há, homenageia-se o adultério.
Quod numquam maribus iunctam te, Bassa, uidebam
quodque tibi moechum fabula nulla dabat,
omne sed officium circa te semper obibat
turba tui sexus, non adeunte uiro,
esse uidebaris, fateor, Lucretia nobis:
at tu, pro facinus, Bassa, fututor eras.
Inter se geminos audes committere cunnos
mentiturque uirum prodigiosa Venus.
Commenta es dignum Thebano aenigmate monstrum,
hic ubi uir non est, ut sit adulterium.
II, 12
Envolto em aromas estranhos, sempre,
Os beijos recendendo a mirra, Póstumo,
Você tem sempre um cheiro bom. Porém:
Não cheira bem quem sempre cheira bem.
Esse quid hoc dicam quod olent tua basia murram
quodque tibi est numquam non alienus odor?
Hoc mihi suspectum est, quod oles bene, Postume,semper:
Postume, non bene olet qui bene semper olet.
III, 33
A mulher livre é do meu gosto.
Mas, se não der,
A liberta é a minha mulher.
Mas, se não der,
Serve a escrava — e não lhe cedo o posto
A nenhuma beldade,
Se for belo o seu rosto
Como o da liberdade.
Ingenuam malo, sed si tamen illa negetur,
libertina mihi proxuma condicio est.
Extremo est ancilla loco: sed uincet utramque,
si facie nobis haec erit ingenua.
III, 53
Dispenso o seu rosto
Dispenso o pescoço
Dispenso suas mãos
Dispenso os seus peitos
Dispenso suas coxas
Dispenso sua bunda
Dispenso seus quadris
— E para mencionar mais um detalhe,
Dispenso você, Beatriz
Et uoltu poteram tuo carere
et collo manibusque cruribusque
et mammis natibusque clunibusque,
et, ne singula persequi laborem,
tota te poteram, Chloe, carere.
III, 72
Transar comigo você quer, Sauféria;
Banhar-se, não. Já desconfio de algo
Anormal: será que os seus peitos pendem
Como trapos? Estrias e pelancas
São seu ventre? Pra fora a gente vê
As ninfas frouxas, um clitóris-monstro?
Mas, não é isso: nua, você é bela.
Mais grave é o seu defeito: cudocismo.
Vis futui nec uis mecum, Saufeia, lauari:
nescio quod magnum suspicor esse nefas.
Aut tibi pannosae dependent pectore mammae
aut sulcos uteri prodere nuda times
aut infinito lacerum patet inguen hiatu
aut aliquid cunni prominet ore tui.
Sed nihil est horum, credo, pulcherrima nuda es.
Si uerum est, uitium peius habes: fatua es.
IV, 84
Ninguém pode provar, em Roma inteira,
Que já comeu Taís, embora todos
A cantem e cobicem. Mas, é santa?
Ao contrário: da boca faz boceta.
Non est in populo nec urbe tota
a se Thaida qui probet fututam,
cum multi cupiant rogentque multi.
Tam casta est, rogo, Thais? Immo fellat.
IV, 87
A sua Bassa, Fabulo, carrega
Sempre um bebê. E é um tal de “meu anjinho”
Pra cá, “meu fofinho” pra lá. Mas ela
Não gosta de criança, coisa estranha.
Como se explica? Bassa peida muito.
Infantem secum semper tua Bassa, Fabulle,
conlocat et lusus deliciasque uocat,
et, quo mireris magis, infantaria non est.
Ergo quid in causa est? Pedere Bassa solet.
V, 37
[...]
E bate no peito e puxa os cabelos:
Que eu fiquei triste, Peto não aceita:
“Você não tem vergonha de chorar
A morte de uma cria da casa, escrava?
Perdi minha mulher — quem não conhece? —,
Soberba, rica, bem-nascida — e aqui
Estou firme”. Bem forte, o nosso Peto:
Herdou vinte milhões da falecida
E ainda consegue suportar a vida!
[...]
Et esse tristem me meus uetat Paetus,
pectusque pulsans pariter et comam uellens:
"Deflere non te uernulae pudet mortem?
Ego coniugem" inquit "extuli et tamen uiuo,
notam, superbam, nobilem, lucupletem."
Quid esse nostro fortius potest Paeto?
Ducentiens accepit, et tamen uiuit!
VII, 18
Nem mesmo uma mulher ousa falar
Do seu rosto, e seu corpo é sem defeito.
Como se explica, então, que nenhum homem
Queira foder você mais de uma vez?
Aí há coisa, e muito grave, Gala.
Quando me achego e brota o prazer mútuo
Do púbis e dos órgãos se esfregando,
Sua boca cala e sua boceta fala!
Prouvesse aos deuses o contrário: estou
Farto da falação da sua xoxota.
Prefiro peidos: são saudáveis, Símaco
Afirma, e dão motivo a boas risadas.
Cona que estala a língua me chateia:
Se a flauta é deprimente, a cobra baixa.
Feche a xoxota, pois, e abra a boca;
Mas se você for mesmo muda, ensine
Essa crica a falar alguma língua.
Cum tibi sit facies de qua nec femina possit
dicere, cum corpus nulla litura notet,
cur te tam rarus cupiat repetatque fututor
miraris? Vitium est non leue, Galla, tibi.
Accessi quotiens ad opus mixtisque mouemur
inguinibus, cunnus non tacet, ipsa taces.
di facerent ut tu loquereris et ille taceret:
offendor cunni garrulitate tui.
Pedere te mallem: namque hoc nec inutile dicit
Symmachus et risum res mouet ista simul.
Quis ridere potest fatui poppysmata cunni?
Cum sonat hic, cui non mentula mensque cadit?
Dic aliquid saltem clamosoque obstrepe cunno
et, si adeo muta es, disce uel inde loqui.
IX, 37
Você se emboneca na baixa Suburra,
Gala, sem sair de casa, e a peruca
Vem de longe; chega a noite, tira os dentes
Com o vestido de seda e se armazena
Em centenas de caixinhas; o seu rosto
Não dorme consigo, mas a sobrancelha,
De manhã, recém-grudada, arqueia e pisca:
Você não respeita os seus pentelhos brancos,
Que já fazem parte dos seus ancestrais,
E promete o paraíso à minha ave,
Que é muda e caolha, mas que bem-te-vê...
Cum sis ipsa domi mediaque ornere Subura,
fiant absentes et tibi, GalIa, comae,
nec dentes aliter quam Serica nocte reponas,
et iaceas centum condita pyxidibus,
nec tecum facies tua dormiat, innuis illo
quod tibi prolatum est mane supercilio,
et te nulla movet cani reverentia cunni,
quem potes inter avos iam numerare tuos.
promittis sescenta tamen; sed mentula surda est,
et sit lusca licet, te tamen illa videt.
XI, 43
Você me pega, mulher, com um garoto,
Vira fera, vocifera: “Por acaso,
Não tenho cu?”. Quanta vez, Juno também
Ao lúbrico Júpiter não disse o mesmo,
Mas o Tonante se foi com Ganimedes.
Hércules cobria Hilas, o arco da paz:
A Mégara não tinha bunda? Penava
Pela fugitiva Dafne, Febo: o fogo
Só foi extinto pelo efebo de Esparta.
Bem que Briseida de bruços se pinchava:
Não dê mais nomes masculinos às coisas:
Faça de conta que tem duas bocetas.
Deprensum in puero tetricis me vocibus, uxor,
corripis et culum te quoque habere refers.
Dixit idem quotiens lascivo Juno Tonanti!
Ille tamen grandi cum Ganymede jacet.
Incurvabat Hylan posito Tirynthius arcu:
tu Megaran credis non habuisse natis?
Torquebat Phoebum Daphne fugitiva: sed illas
Oebalius flammas jussit abire puer.
Briseis multum quamvis aversa jaceret,
Aeacidae propior levis amicus erat.
Parce tuis igitur dare mascula nomina rebus
teque puta cunnos, uxor, habere duos.
Nasceu no ano 40 d.C., em Bílbilis, na hoje província de Saragoça, Espanha. Foi para Roma em 64, retornando depois de trinta anos à terra natal, onde morreu, no ano 104, presumivelmente. Viveu a vida típica de um cliente, um homem supostamente livre, que vive de badalações e de prestar serviços aos poderosos, a começar do bestial Domiciano. Foi cronista social obsceno e pornográfico de seu tempo, por isso mesmo criticado, quando não desdenhado e desprezado. Seus epigramas, no entanto — mais de um milhar —, distribuídos em doze livros, vêm atravessando os séculos, influenciando muitos escritores e poetas, entre os quais, Rabelais, Quevedo, Gregório de Matos, Bocage. Com Juvenal, também espanhol e que foi seu amigo, forma a dupla maior da poesia satírica latina, descontando-se logicamente, Horácio, que operou em outro registro. Deixou a marca de seu talento também em muitas passagens não fesceninas, como a do “plátano de César” a do “rol das coisas boas da vida”. Censuradíssimo, só encontrou as primeiras traduções sem travas nos anos 60 e 70, especialmente graças ao trabalho pioneiro de Guido Ceronetti (edições Einaudi), do qual muito nos valemos, descontando suas excessivas liberdades formais.
EPIGRAMAS
I,90
Como a seu lado, Bassa, não se visse esposo,
Nem lhe emprestassem um amante, e se cercasse
De bandos de solícitas mulheres (homens nenhuns),
Cheguei a achá-la santa — mas que fodedora
Você é! Chana com chana, atreve-se o clitóris
A caralho, engenho prodigioso dos enigmas
Daquele delta de um esfíngico mistério:
Homem não há, homenageia-se o adultério.
Quod numquam maribus iunctam te, Bassa, uidebam
quodque tibi moechum fabula nulla dabat,
omne sed officium circa te semper obibat
turba tui sexus, non adeunte uiro,
esse uidebaris, fateor, Lucretia nobis:
at tu, pro facinus, Bassa, fututor eras.
Inter se geminos audes committere cunnos
mentiturque uirum prodigiosa Venus.
Commenta es dignum Thebano aenigmate monstrum,
hic ubi uir non est, ut sit adulterium.
II, 12
Envolto em aromas estranhos, sempre,
Os beijos recendendo a mirra, Póstumo,
Você tem sempre um cheiro bom. Porém:
Não cheira bem quem sempre cheira bem.
Esse quid hoc dicam quod olent tua basia murram
quodque tibi est numquam non alienus odor?
Hoc mihi suspectum est, quod oles bene, Postume,semper:
Postume, non bene olet qui bene semper olet.
III, 33
A mulher livre é do meu gosto.
Mas, se não der,
A liberta é a minha mulher.
Mas, se não der,
Serve a escrava — e não lhe cedo o posto
A nenhuma beldade,
Se for belo o seu rosto
Como o da liberdade.
Ingenuam malo, sed si tamen illa negetur,
libertina mihi proxuma condicio est.
Extremo est ancilla loco: sed uincet utramque,
si facie nobis haec erit ingenua.
III, 53
Dispenso o seu rosto
Dispenso o pescoço
Dispenso suas mãos
Dispenso os seus peitos
Dispenso suas coxas
Dispenso sua bunda
Dispenso seus quadris
— E para mencionar mais um detalhe,
Dispenso você, Beatriz
Et uoltu poteram tuo carere
et collo manibusque cruribusque
et mammis natibusque clunibusque,
et, ne singula persequi laborem,
tota te poteram, Chloe, carere.
III, 72
Transar comigo você quer, Sauféria;
Banhar-se, não. Já desconfio de algo
Anormal: será que os seus peitos pendem
Como trapos? Estrias e pelancas
São seu ventre? Pra fora a gente vê
As ninfas frouxas, um clitóris-monstro?
Mas, não é isso: nua, você é bela.
Mais grave é o seu defeito: cudocismo.
Vis futui nec uis mecum, Saufeia, lauari:
nescio quod magnum suspicor esse nefas.
Aut tibi pannosae dependent pectore mammae
aut sulcos uteri prodere nuda times
aut infinito lacerum patet inguen hiatu
aut aliquid cunni prominet ore tui.
Sed nihil est horum, credo, pulcherrima nuda es.
Si uerum est, uitium peius habes: fatua es.
IV, 84
Ninguém pode provar, em Roma inteira,
Que já comeu Taís, embora todos
A cantem e cobicem. Mas, é santa?
Ao contrário: da boca faz boceta.
Non est in populo nec urbe tota
a se Thaida qui probet fututam,
cum multi cupiant rogentque multi.
Tam casta est, rogo, Thais? Immo fellat.
IV, 87
A sua Bassa, Fabulo, carrega
Sempre um bebê. E é um tal de “meu anjinho”
Pra cá, “meu fofinho” pra lá. Mas ela
Não gosta de criança, coisa estranha.
Como se explica? Bassa peida muito.
Infantem secum semper tua Bassa, Fabulle,
conlocat et lusus deliciasque uocat,
et, quo mireris magis, infantaria non est.
Ergo quid in causa est? Pedere Bassa solet.
V, 37
[...]
E bate no peito e puxa os cabelos:
Que eu fiquei triste, Peto não aceita:
“Você não tem vergonha de chorar
A morte de uma cria da casa, escrava?
Perdi minha mulher — quem não conhece? —,
Soberba, rica, bem-nascida — e aqui
Estou firme”. Bem forte, o nosso Peto:
Herdou vinte milhões da falecida
E ainda consegue suportar a vida!
[...]
Et esse tristem me meus uetat Paetus,
pectusque pulsans pariter et comam uellens:
"Deflere non te uernulae pudet mortem?
Ego coniugem" inquit "extuli et tamen uiuo,
notam, superbam, nobilem, lucupletem."
Quid esse nostro fortius potest Paeto?
Ducentiens accepit, et tamen uiuit!
VII, 18
Nem mesmo uma mulher ousa falar
Do seu rosto, e seu corpo é sem defeito.
Como se explica, então, que nenhum homem
Queira foder você mais de uma vez?
Aí há coisa, e muito grave, Gala.
Quando me achego e brota o prazer mútuo
Do púbis e dos órgãos se esfregando,
Sua boca cala e sua boceta fala!
Prouvesse aos deuses o contrário: estou
Farto da falação da sua xoxota.
Prefiro peidos: são saudáveis, Símaco
Afirma, e dão motivo a boas risadas.
Cona que estala a língua me chateia:
Se a flauta é deprimente, a cobra baixa.
Feche a xoxota, pois, e abra a boca;
Mas se você for mesmo muda, ensine
Essa crica a falar alguma língua.
Cum tibi sit facies de qua nec femina possit
dicere, cum corpus nulla litura notet,
cur te tam rarus cupiat repetatque fututor
miraris? Vitium est non leue, Galla, tibi.
Accessi quotiens ad opus mixtisque mouemur
inguinibus, cunnus non tacet, ipsa taces.
di facerent ut tu loquereris et ille taceret:
offendor cunni garrulitate tui.
Pedere te mallem: namque hoc nec inutile dicit
Symmachus et risum res mouet ista simul.
Quis ridere potest fatui poppysmata cunni?
Cum sonat hic, cui non mentula mensque cadit?
Dic aliquid saltem clamosoque obstrepe cunno
et, si adeo muta es, disce uel inde loqui.
IX, 37
Você se emboneca na baixa Suburra,
Gala, sem sair de casa, e a peruca
Vem de longe; chega a noite, tira os dentes
Com o vestido de seda e se armazena
Em centenas de caixinhas; o seu rosto
Não dorme consigo, mas a sobrancelha,
De manhã, recém-grudada, arqueia e pisca:
Você não respeita os seus pentelhos brancos,
Que já fazem parte dos seus ancestrais,
E promete o paraíso à minha ave,
Que é muda e caolha, mas que bem-te-vê...
Cum sis ipsa domi mediaque ornere Subura,
fiant absentes et tibi, GalIa, comae,
nec dentes aliter quam Serica nocte reponas,
et iaceas centum condita pyxidibus,
nec tecum facies tua dormiat, innuis illo
quod tibi prolatum est mane supercilio,
et te nulla movet cani reverentia cunni,
quem potes inter avos iam numerare tuos.
promittis sescenta tamen; sed mentula surda est,
et sit lusca licet, te tamen illa videt.
XI, 43
Você me pega, mulher, com um garoto,
Vira fera, vocifera: “Por acaso,
Não tenho cu?”. Quanta vez, Juno também
Ao lúbrico Júpiter não disse o mesmo,
Mas o Tonante se foi com Ganimedes.
Hércules cobria Hilas, o arco da paz:
A Mégara não tinha bunda? Penava
Pela fugitiva Dafne, Febo: o fogo
Só foi extinto pelo efebo de Esparta.
Bem que Briseida de bruços se pinchava:
Não dê mais nomes masculinos às coisas:
Faça de conta que tem duas bocetas.
Deprensum in puero tetricis me vocibus, uxor,
corripis et culum te quoque habere refers.
Dixit idem quotiens lascivo Juno Tonanti!
Ille tamen grandi cum Ganymede jacet.
Incurvabat Hylan posito Tirynthius arcu:
tu Megaran credis non habuisse natis?
Torquebat Phoebum Daphne fugitiva: sed illas
Oebalius flammas jussit abire puer.
Briseis multum quamvis aversa jaceret,
Aeacidae propior levis amicus erat.
Parce tuis igitur dare mascula nomina rebus
teque puta cunnos, uxor, habere duos.
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