sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ser você mesmo. É isso o que afirma o senso comum. "Seja você mesmo!" Como se eu fosse capaz de deixar de ser eu. Nada mais falso que esse imperativo. Nada mais falso que a pessoa que é ela própria o tempo inteiro. Ser você mesmo, como afirma o senso comum, é agir da mesma maneira independentemente da situação. É estar em frente ao espelho como se está em frente ao chefe. Um maneira de ser completamente impraticável. Não mudar. E nem aceitar que há o desconhecido em você. "Eu é um outro", é o que diz Rimbaud.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Não sei bem o que isso significa, mas o século XXI é a época em que a experiência não tem mais necessidade de ter sido vivida para ser considerada como tal. Se no barroco, um conhecimento qualquer só era real caso fosse experimentado pelos sentidos, na contemporaneidade não há nenhuma necessidade de que os sentidos comprovem algo. Participa-se de fatos que acontecem em outra parte do mundo e sentimos que de fato participamos desse evento.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O limite de deus é o tempo. Não o tempo em toda a sua amplitude, mas o oposto disso: O tempo em seu menor grau, uma fração do tempo. Deus não conhece o instante. Para o Eterno, o tempo não passa. E se o tempo não passa, não existe instante. Ou melhor, não existem instantes: existe apenas um instante que significa a própria existência.